sábado, agosto 25, 2012

The Dream Academy (1985)



Lado A
Life in a Nothern Town
The Edge of Forever
(Johnny) New Ligth
In Places on the Run
This World

Lado B
Bound to Be
Moving On
The Love Parade
The Party
One Dream


Sem o mínimo medo de parecer superficial confesso que comprei esse disco só pela capa, em especial pelas roupas bacanas que os integrantes estão usando e a bela Kate St. John. Não me recordava de ter escutado a banda antes (segunda metade da década de 1990), mas como estava bem barato na ocasião resolvi levar (o preço teria sido um real? Naquela época, quando as lojas estavam se desfazendo de seus estoques de vinis era comum achar umas promoções assim) e acabei pegando junto outro disco deles que também estava dando sopa na loja “A Different Kind Of Weather” porque tinha uma releitura de “Love” do John Lennon (inclusive, a gravadora “suja” a capa anunciando que a canção era tema de uma novela), bem bacana essa gravação. Só agora descobri que eles lançaram apenas mais um disco além desses (a internet tem lá seu valor). Os dois discos dessa banda inglesa ficaram meio esquecidos no meio da coleção e até o momento que escrevo esse texto, eu nunca havia lido nada sobre a banda, estranha sensação para mim que sempre fui super ligado nesses detalhes, porém nunca encontrei informações sobre eles nas revistas nacionais que eram as únicas fontes disponíveis na época, tudo que eu sabia era o que constava nas capas e encartes e no caso desse disco as referências que ficaram em minha mente eram a produção de Mr. David Gilmour (juntamente com Nick Laird-Clowes) e da participação de Guy Pratt que veio a ser o baixista do Pink Floyd na fase pós-Waters. Há anos sem escutá-lo resolvi colocar pra tocar hoje e me surpreendi, curti como nunca o havia curtido até então.

The Dream Academy tem o clássico título do primeiro álbum de boa parte das bandas de rock e pop levando apenas o nome da banda. Veio-me logo de cara aquela sensação de um som meio datado dos anos 80, embora na minha cabeça o disco fosse dos anos 90, para minha surpresa, ao conferir, me dei conta que é de 1985. Muito do som que se fazia na época está nele, muitos teclados, sintetizadores, bateria eletrônica, excesso de reverb nos vocais, mas ele é repleto de belas melodias e arranjos sutis, criados pelos seus integrantes multi-instrumentistas, Gilbert Gabriel nos teclados e vocais; Nick Laird-Clowes nas guitarras, harmônica e vocais principais (também autor das interessantes letras do trio e possui um timbre vocal que lembra muito John Lennon em alguns momentos) e; Kate St. John no oboé, corne inglês, acordeom, saxofone tenor e vocais; a eles se somam um grande time de instrumentistas que se alternam nas faixas do disco: Benedict Hoffnung nos tímpanos e percussão; Dave Mattacks, Jake Le Mesurier, Tony Beard e o brasileiro (e meu conterrâneo belo-horizontino) Bosco de Oliveira na bateria; o rodado Pino Palladino, Mickey Féat e Guy Pratt no baixo; Chucho Merchan no baixo acústico; Peter Buck na guitarra; Gregg Dechert no órgão Hammond; Adam Peters no cello; David Defries no trompete; Caron Wheller, Sam Brown, June Lawrence e Ingrid Schroeder nos backings vocals; David Gilmour toca guitarra em “Bound To Be” e violão em “The Party”. Não sei se foi a banda que convidou Gilmour para produzir porque tinham uma sonoridade próxima (o irmão de David, Mark Gilmour participou da formação inicial da banda e também integrou junto com Nick Laird Clowes a banda The Act) ou se foi o Gilmour que levou esse som para o The Dream Academy, mas sua presença na produção faz banda soar muito parecida com o Pink Floyd daquela época, meio “A Momentary Lapse Of Reason”, embora esse tenha sido lançado depois em 1987. Nick também colaborou em parcerias com Gilmour em canções para o álbum “Division Bell “do Floyd. Entre todas as canções do álbum, para variar, como é comum com bandas de rock e/ou pop, a baladinha acústica “One Dream”, quase esquecida no fim disco é a faixa mais bonita, tão bonita que só ela (e a capa! rs) já valeriam o disco.




Ah, a edição em CD, como sempre, estragou a capa (não dê muito crédito às reproduções das imagens copiadas no blog, elas também desvalorizam o original) ao tirar a visão da paisagem ao fundo para focalizar os integrantes já que as imagens perderiam muito em definição com a redução do tamanho da impressão da foto do LP para o CD. 

4 comentários:

  1. Salve irmão Robert. Demorei um pouquinho pra comentar tua postagem por dois motivos. O primeiro é que eu não conhecia o Dream Academy, mas a santa internet resolveu o empecilho, rs. O segundo motivo é que além de não conhecer demorei um pouco pra (degustar) a novidade. E também que o evento Elvis Experience toda a coisa de ingressos, ganhei um ingresso pro sábado dia 08 que nem estava programado de eu ir, acabei indo, tinha dois ingressos por fim acabei indo sozinho, como tinha dois ingressos entrei duas vezes no mesmo dia, um monte de coisa. Bom vamos ao disco. Como eu te falei eu não conhecia esse disco, nem banda, nem nada. Gostei em especial da primeira música. Gostei da linha de raciocínio para concepção dos arranjos. Vou pegar dois termos do Paul McCartney ditos por ele sobre o álbum Flaming Pie emprestados. É um disco que "não esquenta a cabeça", e também é um disco "que não nos dá pesadelos a noite". Comlementaria ainda que é um disco pra ser colocado a noite, depois de um dia exaustivo de trampo, correria e atribuições. Ainda estou (degustando) o álbum.
    Assim que eu perceber mais coisas nele eu volto a comentar aqui.

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  2. Valeu pelo feedback de sempre, mano. Como disse no texto, eu realmente curti o disco mais agora, fazia anos que eu não ouvia, ouça com atenção essa última faixa "One Dream", bonita demais.

    Quanto ao Elvis, vai fotografando o que der aí porque esse vai ser meu jeito de ver a expo!

    Grande abraço!

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  3. bicho, vc tem que vir, a expo vai ate novembro...

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  4. Gostaria, mas não estou podendo.

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