Memórias Perdidas é o nome desta autobiografia de Chet Baker
lançada pela editora norte-americana St. Martin’s Griffin com o título original
As Though I Had
Wings: The Lost Memoir em 1997 e editada no Brasil pela Jorge Zahar em
2002. O volume se trata de uma reprodução de anotações feitas à mão por Chet,
algumas páginas apresentam trechos de seus originais. Com
pouco mais de 100 páginas, é um livro para se ler de uma sentada só, não apenas por ser
pequeno, mas sim pelas estórias instigantes e a maneira como Chet as apresenta que nos faz querer iniciar o capítulo seguinte imediatamente, tendo ainda em vista sua enorme carga de intensidade.
Em capítulos com os quais ele não gasta mais do que meia
dúzia de páginas, Chet
consegue com poucas palavras repassar longos períodos de sua vida no intervalo do final dos anos
1940 até a primeira metade da década de 1960: o serviço militar, a infância, a
iniciação musical, as prisões por envolvimento com drogas, aventuras amorosas e
parcerias musicais estão bem abordadas no pequeno volume, afinal, certas coisas
não necessitam de tantos detalhes assim, subentende-se.
A fala simples e direta de
Chet vai direto ao ponto, sem firulas, como um solo do seu cool jazz, o que ele
não diz, se imagina, ao escrever é como se ele estivesse tocando, atacando
apenas a nota necessária, sem ornamentos, o leitor/ouvinte tem que ter sensibilidade para entender tudo o que ele não escreveu/tocou.
Opa, livro do Chet. Maravilha, gostaria de ler. Conheci um pouco sobre o Chet através de você mano. Aquele filme que você me indicou. Aliás, preciso rever, porque não lembro de quase nada, hehe.
ResponderExcluirPois reveja e "reouça', mano! Eu já tinha visto esse livro há muito tempo e pensava e comprá-lo, aí quando nem estava lembrando o encontrei por acaso na biblioteca da escola.
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