domingo, setembro 20, 2015

Augusto Licks - Entrevista sobre Workshop "Do Quarto Para O Mundo"






Essencialmente um blog de textos autorais assinados por mim e guardando (sem receios) pontos de vistas, por vezes, altamente pessoais, parafraseio vocês sabem quem para dizer que “nunca antes na história do Rock’n Geral” uma postagem teve foco em algum vídeo, áudio ou texto de terceiros. Mas, diante do brilhante discurso de Augusto Licks em respostas às perguntas de fãs enviadas pela internet como parte da campanha de financiamento de seu Workshop “Do Quarto Para O Mundo” a se realizar em Belo Horizonte no dia 17 de outubro, não resisti e resolvi postar na íntegra aqui a conversa realizada com ele por intermédio de Rodrigo Pedrosa e Manu Meneses que faz uma pequena introdução a temas que serão abordados pelo músico no workshop. Augusto Licks permanece com a mesma sobriedade que caracterizou sua carreira ao longo do tempo, extremamente consciente de seu papel na música e do músico em geral em seu contexto social. Entre as dezenas de perguntas realizadas sobre tecnologia musical, escolha de instrumentos, influências musicais, improvisação, vocês poderão ouvir uma enviada por este que vos escreve, mas destaco aqui a última resposta dada por Licks para uma pergunta recorrente que já ouvi muitos músicos responderem, mas que realmente evidencia quem é o homem Augusto Moacir Licks. Um cara que se coloca diante da vida de forma humilde, mas ao mesmo tempo consciente de sua capacidade de trabalho. Apesar de todas as realizações e glórias conquistadas, ele se mostra despido de vaidades tolas tão comuns no meio musical. Muito além do músico, é possível ver o exemplo de ser humano que ele é. Abaixo, a pergunta e resposta final da entrevista (apenas transcritas sem edição) e no link a entrevista completa em áudio.


P -... você se apresentou para grandes platéias, públicos de milhares de pessoas, dividiu o palco com grandes artistas no Hollywood Rock, no Rock In Rio, fez turnês por vários países do mundo,  qual recado você deixa um músico que está iniciado agora? Qual recado você deixa realmente?




R - Olha, você fez menção à muitas coisas, digamos assim, grandiosas, né? Grandes eventos, grandes viagens... eu diria para um músico iniciante, que ele não se deixe sensibilizar tanto pela grandiosidade do evento, se ele tocar no bairro dele, num local para meia dúzia de pessoas ou menos, aquelas poucas pessoas vão desafiá-lo, desafiar no bom sentido, a dar o seu depoimento musical, a tocar a sua música para elas, e isso, às vezes, é muito mais difícil do que tocar num estádio lotado. Então, não se preocupe com a grandiosidade das coisas, apenas que nesse ritual que é fazer uma apresentação, um concerto, isso é uma coisa que, muda a tecnologia, aparecem máquinas novas, isso aí não muda. Esse ritual de alguém chegar ali pegar um instrumento, ou voz, cantar alguma coisa, de repente, umas das poucas pessoas que está ali assistindo, ouvindo, talvez para uma dessas pessoas, a vida mude.


Clique no link abaixo para ouvir a entrevista na íntegra:



A campanha de financiamento do Workshop "Do Quarto Para O Mundo" de Augusto Licks em Belo Horizonte segue até o dia 6 de outubro. Já foram arrecadados 41% do valor total. Para os músicos iniciados ou iniciantes, a cota 7 dá direito a um mês de aula na Alaúde Escola de Música. Participe! 

 




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