O livro
50 Anos A Mil, autobiografia de Lobão publicado pela Nova Fronteira pode
figurar tranquilamente ao lado das autobiografias de Keith Richards e Eric
Clapton (ambas já comentadas aqui, sendo que o próprio Lobão citou o livro
assinado por Clapton como uma influência para escrever sua biografia) no que
tange à sinceridade empregada por ele para contar sua história.
Lobão que
sempre foi um cara bom no uso das palavras não decepcionou e escreveu um livro
realmente digno de nota em parceria com o jornalista Cláudio Tognolli que
também é responsável pelo trabalho de pesquisa das matérias publicadas na
imprensa inseridas no livro que confirmam a veracidade da história (em boa
parte quase inacreditável mesmo) contada por Lobão.
Nunca
tinha lido uma biografia com a qual me sentisse tão envolvido com os fatos
porque apesar das quase duas décadas de diferença de idade em relação ao
músico, acompanhei toda sua trajetória a partir do estouro da música Me Chama
em 1984, passando pelos lançamentos de todos os discos subseqüentes como o
marcante Vida Bandida (que ganhei de presente de um amigo de colégio), as
prisões, a apresentação polêmica no Rock In Rio II, a briga com as gravadoras,
o lançamento do emblemático A Vida É Doce pela sua gravadora Universo Paralelo (quando
assisti a uma palestra sua em Belo Horizonte e até dei uma "palinha"
com ele, lembrando a letra de Help! dos Beatles). Enfim, a cada nova estória
desse período para cá eu me inseria no contexto lembrando o que estava fazendo
na época, recordando muitas de suas canções, várias inclusive que eu costumava
tocar no violão como Chorando no Campo, Por Tudo Que For, Sem Você Não Dá,
Decadence Avec Elegance, Tudo Veludo e por mais tristes e cruéis que possam ser
algumas passagens da vida de Lobão na maior parte do tempo me vinham boas lembranças
e pela impressão deixada pelo livro para ele também foi assim. Vida bandida! Vida
louca, vida breve! Dolce Vita! A vida é doce...
Esse eu também quero comprar. Mas o livro no Brasil é algo que está sempre na casa dos R$ 50,00. Não desmerecendo a atividade de ler, mas se tivesse um pouco mais acessível, todo mundo agradeceria. Lobão é um artista que produziu muitas coisas ótimas ao longo de sua carreira. Vida longa ao Lobão!
ResponderExcluirPois é, como no caso do livro do Keith Richards, esse também me foi emprestado por um amigo. São dois livros que eu já teria comprado se tivesse mais em conta, e olha que já se passou mais de ano e continua lá nas alturas. Agora honra seja feita, livros em geral se encontram com preços bacanas em sebos, na própria net mesmo. O que me parece que acontece é que as editoras compensam o prejuízo de alguns lançamentos no preço de outros que vendem bem.
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